86% da População de Campo Formoso Reprova Abastecimento de Água e Serviços da Embasa

0111

Bairros Ricos Recebem Água Duas Vezes por Semana, Enquanto Bairros Pobres Enfrentam 15 Dias de Torneiras Secas

Uma pesquisa recente aponta que 86% da população de Campo Formoso desaprova os serviços de abastecimento de água e atendimento da Embasa. Esse levantamento foi realizado por meio de plataformas digitais e das redes sociais, onde moradores compartilham suas experiências e insatisfações. O estudo revela uma discrepância preocupante: bairros periféricos da cidade, como Campo de Avião, Casinhas, Populares, Guabiraba, São Francisco, Mutirão, Vila dos Sonhos, Vila Pernambucana, entre outros, são os mais afetados pela escassez de água, enquanto bairros mais centrais e ricos têm acesso ao abastecimento duas vezes por semana.

Nos bairros mais afetados, algumas casas chegam a passar mais de 15 dias sem uma única gota d’água nas torneiras. Quando o abastecimento ocorre, ele costuma ser durante a madrugada, dificultando até tarefas simples, como lavar roupas e realizar a limpeza básica do lar. “Muitas vezes, mal temos água para as necessidades básicas. E, mesmo assim, a conta chega pontualmente. Se não pagamos antes do décimo dia do vencimento, o corte é feito sem a mínima possibilidade de defesa”, desabafa uma moradora da região.

Além disso, a situação se agrava porque, em muitos casos, o abastecimento nas periferias chega de forma inconsistente e insuficiente, o que amplia o impacto na qualidade de vida das famílias e gera altos custos com soluções paliativas, como a compra de água de caminhões-pipa.

Esse cenário abre espaço para reflexão sobre as condições de acesso a um serviço básico e essencial. A diferença no atendimento entre bairros mais e menos favorecidos expõe desigualdades que afetam principalmente a população de baixa renda. Em busca de uma solução, moradores apelam por respostas mais efetivas e transparentes da Embasa, além de ações para garantir a regularidade e a qualidade no fornecimento de água em todas as regiões da cidade.

POR: CFiNFORMA

Nova casa