Na manhã desta terça-feira, 28 de maio, a Câmara Municipal de Campo Formoso acompanhou uma Audiência Pública daquelas que ninguém deveria faltar, exceto, claro, quem não faz questão de cumprir o papel que o povo lhe confiou! Em pauta, nada menos que a Prestação de Contas do 1º Quadrimestre de 2025 do Executivo Municipal. Isso inclui, veja só que inusitado, a explicação sobre onde foi parar o dinheiro público, se as metas fiscais foram cumpridas, quais os desafios enfrentados e afins. Coisa pouca, né?4
O prefeito, o vice-prefeito e toda a equipe técnica estavam lá, devidamente presentes, preparados e dispostos a encararem o que o cargo exige: transparência, prestação de contas e responsabilidade pública. Tudo dentro do que se espera de uma gestão que, no mínimo, respeita o dever de prestar contas a quem de direito: a população! Já a oposição, bom, a oposição resolveu prestar apenas o favor de sumir.
Nenhum representante oposicionista deu o ar da graça. Nenhum! Zero! Nem um bilhetinho, nem uma justificativa, nem uma piscadinha de canto de olho! Diante de uma audiência sobre a administração do dinheiro do povo, o que a oposição entregou foi um sonoro “NADA”.
A pergunta que não quer calar, ou que insiste em gritar (!): será que esqueceram o horário, confundiram com a liquidação da loja da esquina, ou estão achando que fiscalizar a Gestão Pública é opcional, tipo cursinho de culinária??? Fica a dúvida, embora a resposta, convenhamos, esteja cada vez mais clara: talvez não tenha sido falta de tempo, mas pura falta de interesse! Ou medo. Medo de encarar os números, medo de ouvir a verdade, medo de participar do processo com a seriedade que o cargo exige.
Porque sim, fugir de uma audiência pública é também um ato de covardia institucional. Representa não apenas ausência física, mas ausência de responsabilidade com quem confiou o voto, e com ele, a esperança de ser representado com dignidade.
Porque não, não é “evento opcional”, nem “convite VIP”. Participar de uma audiência pública sobre contas públicas é obrigação! É o bê-á-bá de quem se propõe a ser vereador. Não é café com tapioca nem inauguração de selfie em rede social. É papel institucional, é fiscalização real, aquela que exige presença, escuta e, eventualmente, algum trabalho.
Ao ignorar essa audiência, a oposição não virou as costas para o prefeito. Virou as costas para o povo. Para o eleitor que, ingenuamente, acreditou que estava colocando um fiscal sério na cadeira. E o que recebeu em troca? Um banco vazio, um silêncio constrangedor e uma pergunta ecoando no plenário: cadê vocês, nobres ausentes?
Felizmente, a Câmara Municipal, como instituição, manteve a compostura e o compromisso. Houve presença, houve debate, houve prestação de contas. Do outro lado, houve sumiço e nem sinal de fumaça.
Transparência se faz com coragem. Fiscalização se faz com presença. E política, meus caros, se faz com responsabilidade. O resto é teatro. E, pelo visto, com alguns artistas que nem apareceram para a própria cena.
E você, eleitor, vai continuar aplaudindo de casa ou já entendeu que tem vereador que só aparece mesmo quando tem câmera, microfone ou plateia garantida para bater palma?
Por CFiNFORMA