O Projeto de Lei (PL) para o pagamento da segunda parcela dos precatórios do Fundef aos professores e profissionais da Educação Básica foi aprovado, nessa sexta-feira (25), pela maioria dos deputados presentes na sessão extraordinária da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A oposição ao Governo apresentou emenda, no início da sessão, às 19h20, que sugeria o pagamento integral dos juros aos profissionais. Os deputados da situação não se manifestaram sobre a proposta, embora em reunião com a categoria, no dia 8, tivessem se comprometido a acolherem a aprovação do pagamento com os juros. Na votação, porém, nenhum deles subiu à tribuna para defender a acordada posição.
O início da votação do PL dos Precatórios foi marcado por muito bate-boca entre os deputados, por gritos e protestos dos profissionais afetados pela medida, que lotaram todos os espaços do plenário, debates e críticas sobre a situação da educação na Bahia e palavrões proferidos pelo presidente da casa, o Deputado Adolfo Menezes (PSD).
A aprovação aconteceu por volta de 0h30, em sessão tumultuada e com muito bate-boca entre os deputados. Contudo, o projeto passou sem os juros e correções, embora a oposição tenha apresentado proposta de emenda contemplando essa reivindicação dos professores, que foi rejeitada pelo relator. A oposição votou contra o PL sem os juros.
No momento do direito de fala da deputada Fátima Nunes (PT), ao discursar em defesa do governador Jerônimo Rodrigues, do mesmo partido, diga-se de passagem, foi interrompida por protestos da categoria manifestante. O presidente Adolfo ficou irritado e ameaçou tomar medidas drásticas caso a deputada voltasse a ser interrompida. “Foda-se! Se não quer respeitar, porra! Ou vocês respeitam a opinião de cada deputado ou vou tomar uma decisão drástica que eu não gostaria”, ameaçou Adolfo Menezes para o Deputado Hilton Coelho, voltando-se para a galeria dos professores.
Do lado de fora do plenário, policiais militares estavam de plantão.